Vale S.A. [en] è la seconda società mineraria del mondo e la più grande e controversa azienda privata brasiliana. Ed è infatti proprio a Rio de Janeiro che lo scorso aprile si è svolto il primo incontro internazionale ‘Hit by Vale’ [Colpiti da Vale]. L'azienda è stata spesso accusata dalle comunità di provocare danni ambientali, come nel caso del progetto Apolo, che prevede l’estrazione di ferro in una catena montuosa che gli ecologisti vogliono proteggere. Ecco cosa scrive sul suo blog il Gruppo Ambientalista Santa Bárbara [pt, come tutti gli altri link, tranne ove diversamente indicato]:
A Serra do Gandarela representa uma área de corredor ecológico e tem inquestionável riqueza hídrica, paleontológica, arqueológica e também de flora e fauna. Se não fosse assim, ela não estaria figurada em área de preservação permanente de acordo com a legislação ambiental, como de alta relevância no zoneamento ecológico econômico (ZEE), e região prioritária no documento do Instituto Estadual de Florestas de Minas Gerais.
L’incontro ‘Hit by Vale’ di Rio ha portato alla stesura di un dossier, pubblicato sul blog del movimento, che riassume tutti “gli impatti e le violazioni della Vale nel mondo”. A pagina 35 e 36 si può leggere la storia dell'azeinda nella regione di Gandarela:
A Vale realiza em Gandarela, a extração de minério de ferro. Em 2008 sua capacidade produtiva foi ampliada com a compra da Mineração Apolo, que elevou em quase 1 bilhão de toneladas as reservas de minério de ferro da empresa no chamado Quadrilátero Ferrífero, em Minas Gerais. O plano da Vale é unir o potencial da Apolo com os recursos do Projeto Gandarela. Com a compra da Apolo, os recursos de Gandarela passarão de cerca de 4 bilhões para 5 bilhões de toneladas de minério de ferro. O Projeto Apolo consistiu na abertura de uma mina com capacidade de produção de 24 milhões de toneladas de minério de ferro por ano e implantação de uma usina de beneficiamento da matéria-prima nos municípios de Caeté e Santa Bárbara, na Região Central do estado.
I gruppi ambientalisti e le comunità locali sono contrari a questi progetti e accusano l'azienda di essere poco trasparente e di sfruttare le risorse idriche della regione, rispetto invece a irregolarità e danni che provocherà il progetto:
Questionamentos das comunidades não foram respondidos pela empresa nas reuniões já realizadas. Mau uso dos recursos hídricos superficiais e subterrâneos de abastecimento público. Interferência na qualidade das águas locais. Construção do ramal ferroviário que impactará Área de Proteção Ambiental Municipal (APA Juca Vieira, de Caeté), com possível drenagem de águas pelos túneis com construção prevista.
Il dossier denuncia inoltre che un simile abuso idrico potrà arrecare danni non solo alle comunità locali, ma anche a Belo Horizonte, la capitale dello Stato; gruppi ambientalisti locali come il Progetto Manuelzão dell’Università Federale di Belo Horizonte e il Gruppo Ambientalista Santa Bárbara chiedono la creazione di un Parco Nazionale nell’area per tutelarne maggiormente le risorse naturali.
Anche il blog Serra da Gandarela menziona le questioni idriche e ambientali, e risponde così a chi sostiene che lo sfruttamento minerario sia un bene per le comunità locali poiché fonte di occupazione:
O que está cada vez mais claro em Minas Gerais, segundo alguns estudiosos do assunto, é que nem sempre o desenvolvimento que a mineração traz é um desenvolvimento sustentável. Cidades inteiras como Itabira são dependentes da exploração mineral, e quando a mina se esgota, a cidade, que se tornou mono-industrial, não tem alternativa de sobrevivência.
Al problema delle città ‘monosettoriali’, dipendenti da una sola società, si aggiungano le questioni dell’inquinamento e del basso guadagno economico per la città che ospita l’industria mineraria. I diritti pagati da queste aziende ai consigli locali sono irrisori se paragonati ai costi ambientali e sociali provocati dall’attività mineraria.
E infatti, la Vale S.A. è stata incolpata parecchie volte sia per i danni ambientali provocati sia per le violazioni commesse contro i diritti dei lavoratori:
No Canadá, onde a Vale comprou a mineradora Inco, cerca de três mil trabalhadores da empresa estão em greve há mais de nove meses. “Nunca vimos uma companhia tão arrogante e completamente desonesta com seus empregados e comunidade como a Vale”, disse Leo W. Gerard, presidente internacional do United Steelworkers, sindicato de mineiros do Canadá e EUA. Essa postura desrespeitosa é observada em diversas ações protagonizadas pela Vale. Em torno das violações de direitos humanos cometidas pela Vale, estão reunidos, por exemplo, trabalhadores rurais do Pará e do Maranhão, pescadores de Sepetiba, no Rio de Janeiro, ambientalistas de Minas Gerais e do Chile, comunidades tradicionais de Moçambique, indígenas do Peru e do pequeno arquipélago de Nova Caledônia, no Pacífico.
Per quanto riguarda la Serra da Gandarela, si sono già svolte sei riunioni pubbliche, ma l’impasse non sembra affatto sul punto di essere risolta. La Vale S.A. stila cifre, ma su Twitter Cássio Martinho mostra stupore:
Vale diz q investirá 4 bilhões para extrair minério de ferro por 17 anos. Quanto vale um parque nacional? E a Mata Atlântica?9:37 AM Jun 15th via web
Serra do Gandarela é uma enorme porção de Mata Atlântica e águas na região metropolitana de BH. Contra a mina, queremos parque nacional.9:34 AM Jun 15th via web
Ontem à noite, audiência pública s/ mineração na Serra do Gandarela estava lotada. Mais uma disputa entre a Vale e comunidades de montanha.
Il confronto è destinato a continuare. Da una parte la Vale non vuole rinunciare alla miniera, dall’altra gli ambientalisti chiedono un parco nazionale. Finché non lo otterranno, proseguirà l’attività estrattiva ed è iniziato il conto alla rovescia per la Serra da Gandarela.